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Fig01

Ocorrência de moluscos transmissores da esquistossomose em parques de Belo Horizonte

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Até pouco tempo a esquistossomose era considerada a mais prevalente endemia entre a população
rural de baixa renda, especialmente nos estados do Nordeste e Sudeste do Brasil, sendo por isso
classificada como “endemia rural”. Estudos recentes têm demonstrado que o perfil epidemiológico
desta doença está mudando, uma vez que vem sendo transmitida nas periferias e mesmo dentro de
grandes centros urbanos. A cidade de Belo Horizonte-MG tem 71 parques, dos quais 55 são abertos à
visitação pública. Em 31 (43,6%) deles há uma ou mais coleções hídricas. O objetivo deste trabalho
foi investigar a presença de moluscos de importância médica nas coleções hídricas destes 31 parques
da capital mineira. Foram coletados, em 11 parques, 551 exemplares de Biomphalaria, hospedeira
intermediária do Schistosoma mansoni. Foram também coletados exemplares dos gêneros
Drepanotrema sp, Pomacea sp, Melanoides sp, Physa sp e Lymnaea sp, este último hospedeiro
intermediário de outro parasito causador da fasciolose. Todos os exemplares se mostraram
negativos para cercárias de S. mansoni. No entanto, considerando a possível contaminação do meio
ambiente com fezes humanas infectadas com ovos de S. mansoni e a presença dos hospedeiros
intermediários, estes achados servem de alerta para uma possível instalação do ciclo de transmissão
da esquistossomose em parques municipais da cidade de Belo Horizonte

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